Quilombos na Paraíba
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A partir da diáspora negra nas Américas, hoje em dia temos várias formações afrodescendentes, como palenques, cimarrones, marrons, cumbes e, no Brasil, os quilombos.
Kilombo (em bantu) é uma associação transétnica de guerreiros, segundo Munanga (1995). Durante o período da escravidão no Brasil (até 1988), o quilombo, que era ilegal, teve várias formas, grandes como o Quilombo de Palmares ou bem pequenos, a partir de quatro pessoas. Essa diversidade significa que a luta pela liberdade foi vivenciada e negociada de diferentes maneiras ao longo do tempo.
Com a Constituição de 1988, houve a inclusão da categoria de “remanescentes de comunidades quilombolas” no Brasil, trazendo a importância de elementos socioculturais, históricos, políticos e étnicos, que mudam de acordo com as diferenças regionais e as características de cada grupo. Em comum, eles demandam a manutenção de territórios coletivos (muitas vezes expropriados), o acesso a direitos sociais básicos e a valorização de sua organização social e cultural.
Torna-se cada vez mais importante o reconhecimento dos quilombolas como sujeitos e suas lutas atuais por condições dignas de vida, não apenas uma memória do passado. A partir da auto-identificação (Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho - OIT), existem 3.386 comunidades quilombolas registradas no Brasil, 42 delas na Paraíba, com certificados emitidos pela Fundação Cultural Palmares.
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