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Comunidade de Pescadoras/es

Associação de Pescadores e Marisqueiras do Renascer III

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A Associação tem 20 anos e cerca de 250 associadas e associados. Estão recebendo doações de cestas básicas que são distribuídas na comunidade. Montaram um brechó em que recebem roupas e vendem dentro da comunidade. Além disso começaram uma produção de sabão para diminuir custos e ter uma atividade que possa depois gerar renda para as mulheres envolvidas.


 

 

Entre João Pessoa e Cabedelo temos a comunidade do Renascer III que em sua maioria é composta por pescadores e marisqueiras. E uma questão para este momento é buscar entender como as comunidades estão enfrentando a pandemia, quais as maiores dificuldades para atravessar este período. 

Na sexta-feira, 10 de julho, na Associação de Pescadores e Marisqueiras aconteceu uma troca com mulheres da Casa de Sabão da comunidade do São José. Dona Rita e Dona Socorro foram até o Renascer III ensinar a fazer sabão com óleo utilizado. O contato entre as duas comunidades foi mediado por Marli que atua na Marcha da Negritude Unificada da Paraíba e no Movimento de Mulheres da Paraíba – dentre outras organizações.

Da Associação estavam Seu Zezinho, presidente da Associação, Rosilene e Maria também da diretoria. Pretendem fazer sabão para uso e, se possível, para vender. Elas percebem que neste período têm usado muito mais sabão: para higiene na casa, para lavar pratos, para lavar roupa – tod@s estão em casa e usam mais sabão. Fazer o próprio sabão significa uma despesa a menos e como lembra Dona Rita, da comunidade do São José “também ajuda a cuidar do meio ambiente”.

 

 

 

 

 

“A Associação abre umas duas vezes na semana para receber doações. Quando chega a gente tem que tá aqui presente, temos que convidar as pessoas por telefone, chamar de duas em duas para não fazer aglomeração” conta Rosilene.  

“É preciso ter muito cabelo na venta nessa pandemia” fala seu Zezinho. “tá difícil para todo mundo, e nós somos uma comunidade muito carente e estamos nos virando nos 30. Vai acabar todo mundo desempregado se continuar do jeito que está. Falta o respeito pela doença, tem que ter respeito pela doença. Tem gente que sai, pra um lado e pro outro, e atrai a doença para a casa deles. ” Ele relata que teve casos na comunidade, que ele teve sintomas, febre, dor de cabeça e falta de paladar, não sabe se foi Covid, mas resolveu com alho machucado com limão e uma colher de pó de café colocou água quente e abafou “é meio ruim, mas tomei”; mel e mastruz com leite em jejum. “Estamos aí escapando feito gás de cozinha”.

Maria fala que a comunidade está ficando em casa, “mas tem uns que não respeita, é uma pandemia muito cruel”. A comunidade tem-se ajudado e estão conseguindo doações. “Nós queríamos as crianças na escola, por que eles estudam em casa on-line, é ruim, eu preferia que tivesse na escola, frente a frente com a professora. ” Maria tem quatro filhos que estão em casa. A filha de Maria  tem acompanhado as aulas pelo celular. “Não é a vida gostosa que a gente tinha antigamente... viver livre, é tão bom”.

 

 

 

 

 

 

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Entrevista e texto da pesquisadora Mônica Vilaça (PPGS/UFPB)

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