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#Humanidades

As gerações na pandemia... o que junta e o que afasta?

03/12/2020

Por Equipe que compõe o Grupo de Estudos HumanIdades.

As gerações na pandemia... o que junta e o que afasta?

 

       Após seis meses mergulhado numa pandemia e vivendo a maior crise sanitária que já enfrentou, o Brasil se destaca pelo número de mortes (que ultrapassou a marca dos 141mil até o dia 28 de setembro) e por ocupar um dos primeiros lugares na lista das nações que deram as piores respostas no enfrentamento à Covid-19. Diante da ausência de uma política pública centralizada pelo Governo Federal, e da diversidade de diretrizes advindas dos meios de comunicação, a população tenta administrar o cotidiano criando seus próprios protocolos de proteção.

       É possível dizer que, durante este período, acumulamos certa experiência e formulamos, cada qual de seu lugar, teorias, explicações, compreensões, que, se não são definitivas, ao menos atribuem um sentido momentâneo ao viver...

Aprendemos que devemos evitar aglomerações, lavar as mãos (ou passar álcool em gel) com frequência, usar máscara, entre outras medidas de proteção... mas também fomos nos dando conta de que, como afirmou Ricardo Ayres, em recente fala, “somos todos suscetíveis, mas desigualmente vulneráveis”.

       As desigualdades foram escancaradas... o cruzamento de diferentes marcadores sociais (gênero, raça, classe, geração) evidenciaram que atores e atrizes sociais estão vivendo de forma muito diferenciada dependendo de seu ‘lugar’ social. Ser mulher, ser pobre, ser negra... faz toda a diferença. E ser criança, ser jovem, ser adulto, ser idoso... também faz?

       São inúmeras, as reflexões sobre os impactos dessas desigualdades. Pensando nesses marcadores, resolvemos centrar nosso olhar (e nossa escuta) sobre as diferentes gerações. Para tanto, ouvimos crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos para saber como está sendo viver uma pandemia nas diferentes fases do curso da vida. Porém, antes de apresentarmos o que ouvimos, vamos nos apresentar:

 

Quem somos? Somos um grupo de discentes do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPB que, junto com duas docentes (uma da UFPB e outra da UFPE), ‘criamos’ o Grupo de Estudos HumanIdades, e desde abril passamos a nos reunir e discutir sobre o tema que nos une: “Curso da vida e gerações”...

O que fizemos? Construímos um roteiro sucinto de perguntas e, após várias reuniões, ‘fomos a campo’ e fizemos pequenas entrevistas, através do WhatsApp, aplicativo de mensagens instantâneas, com pessoas de diferentes faixas etárias; usamos o demarcador do IBGE para classificar as pessoas dentro das diferentes gerações.

Qual o resultado? Entrevistamos 9 crianças, 6 adolescentes, 12 jovens, 18 adultos e 11 idosos.

       Neste espaço (o Observatório Antropológico da UFPB) iremos apresentar algumas ideias e pensamentos que as entrevistas revelaram ser recorrentes...

Viver esta realidade de isolamento social, como está sendo para as crianças? Quais as principais inquietações e reflexões dos e das adolescentes? E os e as jovens, como estão vivendo este momento? Ser adulto tem desdobramentos específicos? E os idosos e as idosas, tão estigmatizados desde o início, como estão vivendo?

Não temos pretensões de generalização, apenas levantamos pontos que acreditamos merecer atenção, se queremos nos aprofundar nesta discussão...

Se interessou? Então continue nos acompanhando que toda semana iremos publicar um texto por aqui em nosso site produzido pelo Grupo de Estudos HumanIdades.

Equipe que compõe o Grupo de Estudos HumanIdades:

 

EQUIPE DISCENTE:

Artur Pereira Costa

Christina Gladys Mingareli Nogueira

Drielly Duarte

Edilza Detmering

Ieda Maria Cordeiro Moura

Layza Bandeira

Luana Genoud

Marcia Longhi

Paula Marcelino

 

EQUIPE DOCENTE

Elaine Müller

Marcia Longhi

 

REVISÃO GERAL:

Edilza Detmering

Marcia Longhi

 

Arte: João Paulo Isnard

Desenhos: João Vitor Velame

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